No documento abaixo, em anexo, estão dispostas as informações sobre a oferta de vagas para prestação de serviços relacionados às metas do projeto do Curso de Especialização em Agroecossistemas.
O Laboratório de Educação do Campo e Estudos da Reforma Agrária (LECERA), em parceria com a Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB), inaugura neste mês de agosto os Ciclos de Formação Reforma Agrária em Debate.
O primeiro ciclo abordará a Reforma Agrária na atualidade: análise e perspectivas, com o palestrante Tiago Bueno Flores, representante da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário de Minas Gerais (SEDA).
O encontro ocorrerá no dia 10 de agosto de 2018, das 12h00 às 13h30, no Auditório da Aquicultura do Centro de Ciências Agrárias da UFSC.
A atividade está marcada para o começo da tarde dessa segunda-feira, 20 de março de 2017, no hall do CCA.
O aulão seguido de debate terá a participação da Profª Cecy Gonçalves, pedagoga e MSc em Educação, e de representantes da ANDES-SN, da APUFSC e do SINTUFSC, que farão breves considerações.
O processo de elaboração e acompanhamento de políticas públicas no âmbito da reforma agrária está prestes a entrar em uma nova fase. O Incra e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estudam a criação do Observatório da Reforma Agrária, instância na qual será avaliada a efetividade das ações empreendidas, além de propostas de novas formas de atuação para apoiar e fortalecer o desenvolvimento socioeconômico dos assentamentos.

Da esquerda para a direita: César Aldrighi, Maria Lúcia Falcón e Clarilton Ribas. (Foto: Flávio Freitas/Ascom-INCRA)
O primeiro encontro para tratar do tema ocorreu nesta quarta-feira (24 de fevereiro de 2016) na sede do INCRA, em Brasília (DF). A presidente da autarquia, Maria Lúcia Falcón, o diretor de desenvolvimento de projetos de assentamento, César Aldrighi, o professor Clarilton Ribas, do Laboratório de Educação do Campo e Estudos da Reforma Agrária (LECERA) do Centro de Ciências Agrárias da UFSC, além de equipes técnicas das duas instituições, se reuniram pela manhã para delinear a parceria.
A ideia é que o Observatório da Reforma Agrária, por meio de uma assessoria técnica especializada, oriente a condução de ações direcionadas ao desenvolvimento e implantação de planos estratégicos, táticos e operacionais e monitore e ajuste as metas planejadas com o uso adequado e eficaz dos instrumentos de gestão nas cooperativas da reforma agrária, bem como elabore projetos técnicos agroindustriais.
Neste sentido, estão previstas a identificação e a articulação de fontes de financiamento público e privado, além da capacitação dos parceiros executores. Caberá aos integrantes, ainda, monitorar e avaliar a execução de cada etapa para a consolidação dos projetos.
A presidente Maria Lúcia Falcón enfatizou que a cooperação entre o INCRA e a UFSC vem proporcionando a realização de uma série de capacitações voltadas a qualificar os projetos aprovados pelo Terra Forte, programa de incentivo à agroindustrialização e à comercialização da produção dos assentamentos, qualificando ainda mais a reforma agrária. “A criação do observatório vai apoiar o INCRA na melhoria dos seus processos de gestão”, acrescentou.
“Consideramos essa experiência do observatório um extraordinário avanço para aumentar a efetividade e a eficiência das políticas públicas orientadas para a reforma agrária. É a Universidade Federal de Santa Catarina aportando seu acúmulo técnico e científico, representado através deste observatório, para dar um impulso significativo nos aspectos econômicos e ambientais da reforma agrária”, destacou Ribas.
Balanço
Durante a reunião também foi feita a prestação de contas, pela UFSC, da cooperação já existente com o INCRA, que envolveu a realização do Curso de Especialização em Agroecologia e do Mestrado Profissional em Agroecossistemas, desenvolvidos por meio do PRONERA. Também foram realizadas atividades de Agricultura Urbana e Segurança Alimentar e Nutricional, produção de biofertilizantes, análise dos mercados institucionais da Região Sul do Brasil, realização de estudos especializados e planos estratégicos com foco na cadeia produtiva dos assentamentos da Região Sul e do Estado de São Paulo (no âmbito do programa Terra Forte), entre outros.
Pela Assessoria de Comunicação Social do INCRA
Com revisão de Alfredo Belohlavek
Publicado originalmente na página do INCRA
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) mantêm um termo de cooperação com o objetivo de estruturar e dar suporte técnico à elaboração e implantação de projetos de indústrias em assentamentos rurais de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. O Laboratório de Educação do Campo e Estudos da Reforma Agrária (LECERA), vinculado ao Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural do Centro de Ciências Agrárias da UFSC, coordena as atividades com a participação de alunos e professores ligados ao laboratório.
Foto: Henrique Almeida/Agecom-UFSC
As reitoras Roselane Neckel e Lúcia Helena Martins Pacheco e o diretor de Desenvolvimento de Projetos de Assentamentos do INCRA, César Aldrighi, representando a presidência do órgão, se reuniram no dia 13 de novembro de 2015, em Florianópolis, para realizar um balanço das atividades desenvolvidas.
“Há cerca de três anos, fomos procurados para um termo de cooperação destinado a entender a demanda das compras públicas de alimentos para os equipamentos públicos de combate à fome e desnutrição. Realizamos criterioso estudo, indicando a complexidade da cadeia desses equipamentos e suas demandas por produção de alimentos para escolas, asilos, restaurantes populares, bancos de alimentos”, explica o coordenador do LECERA, Clarilton Ribas. A equipe é composta por cerca de 30 bolsistas, 5 professores que atuam nos projetos das agroindústrias e técnicos contratados para viabilizar os trabalhos.
De acordo com o diretor de Desenvolvimento de Projetos de Assentamentos do Incra, o objetivo é ampliar o programa nacional de agroindústrias nos assentamentos — o Terra Forte. “A UFSC tem nos ajudado muito na elaboração dos projetos agroindustriais para as cooperativas dos assentamentos não apenas de Santa Catarina, mas do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, e na avaliação da produção, além de assessorar o INCRA em eventos nacionais. Essa cooperação, sem dúvida, será muito importante para a próxima etapa”, afirma Aldrighi. “A próxima etapa será a implementação dos projetos, colocar as indústrias em terra e fazê-las entrar em funcionamento”, complementa Ribas.
Aldrighi informa que a reforma agrária no Brasil tem, atualmente, em torno de 9.200 assentamentos, com 970 mil famílias, que ocupam cerca de 88 milhões de hectares no país. “A produção agropecuária nos assentamentos, com vistas à agroindústria, com certeza vai melhorar a renda e a qualidade de vida das famílias”, avalia. Há o envolvimento, nos quatro estados contemplados pelo termo de cooperação, de mais de 22 mil famílias, que são a base das cooperativas apoiadas. “Especificamente em Santa Catarina, temos mais de 2.500 beneficiadas. No estado, há mais de 6 mil famílias assentadas. Oficialmente, deveríamos atuar em 23 cooperativas, porém a demanda a campo foi muito superior e acabamos assumindo mais de 40 propostas de projetos agroindustriais para diversas cooperativas”, informa o articulador do termo de cooperação entre INCRA e UFSC, Marcelos João Alves. As cooperativas apoiadas em Santa Catarina têm ação regional — Oeste, Planalto e Norte —, com atuação na cadeia produtiva do leite, das hortaliças, dos grãos e das carnes.
Para o coordenador do LECERA, é preciso conter o êxodo rural. “Os espaços urbanos perderam, há bastante tempo, a capacidade de assimilar gente. Um emprego na cidade pode significar um investimento de 1 milhão de dólares em indústria de alta tecnologia. Além disso, o estado tem que prover a esse retirante casa, equipamentos de saúde, educação, lazer, mobilidade. De outra parte, um posto de trabalho no campo custa entre 6 e 18 mil dólares. Inclusive do ponto de vista da racionalidade econômica, uma reforma agrária se sustenta”, defende Ribas.
O chefe de gabinete, Carlos Antonio Oliveira Vieira, o secretário de Relações Internacionais da UFSC, Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho, o superintendente do INCRA em Santa Catarina, Fernando Lúcio Rodrigues de Souza, e agricultores de Santa Catarina e do Paraná beneficiários do Programa Terra Forte também participaram do encontro. Durante a reunião, o grupo organizou um conjunto de agendas para dar apoio e assessoria às agroindústrias.
Por Bruna Bertoldi Gonçalves
Com revisão de Alfredo Belohlavek
Publicado originalmente no Notícias da UFSC.